A MULHER DA CAPA PRETA
Em meados de 1950, na cidade de Maceió – AL, um jovem saiu de casa sozinha para um baile. O que ele não sabia era que essa noite lhe renderia o encontro com A MULHER DA CAPA PRETA.
A noite prometia; muita música, ambiente animado e não faltavam bebidas e mulheres para paquerar. Foi no meio dessas que ele viu a mulher que para ele era a mais bonita e atraente do baile. O jovem demorou um pouco para tomar coragem, mas como ela estava sozinha, ele respirou e foi até seu encontro. Chegando até a jovem, conversaram por um tempo e dançaram a noite toda. Encantado com a garota, assim que o baile terminou, o rapaz ofereceu levá-la em casa e ela aceitou. Chegando lá fora chovia um pouco, foi então que ele tirou sua capa e cobriu a jovem, em seguida a deixou em casa e foi embora.
No dia seguinte o rapaz já acordou com a jovem na cabeça, foi ai que ele lembrou que ela não devolveu sua capa, então ele usou isso como desculpa para ir a seu encontro. Chegando à casa da jovem, o rapaz foi atendido por uma senhora, então falou “boa tarde senhora, a Carolina se encontra?” A senhora sem entender bem, pediu para que o rapaz repetisse... Ele repetiu à mesma pergunta e ai a senhora respondeu que a jovem não morava mais lá. O rapaz indignado elevou um pouco a cabeça e por cima do ombro da senhora viu uma foto da jovem, e insistiu “é aquela moça da foto ali atrás!”. A senhora olhou para trás e viu que o rapaz apontava para a foto de sua filha.
Para a surpresa do rapaz, a senhora falou que aquela jovem que estava na foto e a mesma que o rapaz se apaixonara no dia anterior, já tinha morrido há alguns anos. O rapaz não acreditou de forma alguma, mas para provar para o rapaz, a senhora se ofereceu para mostrar túmulo de sua filha no cemitério.
Tomado por um sentimento inexplicável, joelhos trêmulos, olhos cheios de lágrimas e quase desmaiando, o rapaz leu o nome da jovem CAROLINA DE SAMPAIO MARQUES e viu a foto dela na placa. Pra completar, a capa que ele emprestou à jovem no dia anterior estava sobre o túmulo dela.
Até hoje há uma capa sobre o túmulo da Carolina, sendo que em forma de réplica feita de cimento, disposta da mesma forma que a capa do rapaz foi encontrada. Quem quiser conferir é só ir ao cemitério Nossa Senhora da Piedade, no bairro do Prado na cidade de Maceió – AL. Ela nasceu em 21 de março de 1869 e faleceu em 22 de novembro de 1921.
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